
Francisco nasceu em 1181 na cidade de Assis, Itália. Seu pai era um próspero e rico comerciante da roupas e tecidos.
Renunciou toda a sua riqueza e viveu como pregador itinerante. Mas quando não estava viajando em missões passava seus dias em um mosteiro em meditação.
Revigorou o espiritualidade católica com seu trabalho. Sendo o responsável pela fundação da ordem mendicante dos Frades menores, o que mais tarde veio a se chamar de franciscanos.
Uma de suas atitudes mais mencionadas pelos seus biógrafos foi o beijo dado em um leproso jorrando sangue pelos poros.
Depois de sua conversão não pensava em outra coisa, senão orar e agir em prol dos necessitados. Sua oração, “Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz” ficou registrada em seus anais figurando como parte da liturgia do culto católico.
Até o momento o novo Papa não explicou a razão de preferir ser chamado de Francisco.
Estaria ele disposto a externar sua visão para além da Europa, voltando sua atenção para o sub-mundo, onde vive cerca de 60% dos católicos que anseiam por uma teologia mais interativa, que participe e responda às suas necessidades emergenciais?
Estaria ele decidido a calçar as sandálias de Pedro não apenas como uma metáfora daquilo que representa sua missão, (calçar sandálias na cultura judaica é sinal de serviço) ou de assumir de fato, livre do simbolismo inerente, sua disposição em sujá-la em solo africano e sul americano?
Se ele conseguirá promover as mudanças tão almejadas sobretudo pela geração emergente, somente o tempo nos dará a resposta. Mas a escolha do nome Francisco já é um indicador que suas propostas e visão de mundo não serão clichês.
A célebre frase do Santo católico “Senhor, dai-me força para mudar o que pode ser mudado... Resignação para aceitar o que não pode ser mudado, e sabedoria para distinguir uma coisa da outra...” deve ter inspirado o argentino nesse início de mandato papal.
Mas esperamos que ele seja ainda mais ousado que isso.