quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Para os livres de pensamentos



Alguém certa vez disse que em Nietzsche o niilismo se tornou profético e pela primeira vez consciente. Particularmente gosto muito de ler suas obras, ainda que sua filosofia, em boa parte delas gira em torno da revolta, e não é difícil de identificar que a causa desse sentimento impresso em suas palavras é a religião. Sobretudo o cristianismo. Contudo, se ele ataca particularmente o cristianismo, ele visa apenas à sua moral, os aspectos cínicos da igreja, o comportamento contraditório de seus ministros, e por que não dizer, a idiotização de muitos de seus seguidores. Mas é importante destacar que, em nenhum momento ele atacou diretamente a pessoa de Jesus. Esta, em seus escritos continua intacta.


Este aforismo, extraído de sua obra Gaya ciência, expõe verdades que para aceitação do cristão representa cortar na própria carne. Pois nem sempre as verdades produzem conforto e satisfação, mas são capazes de acender a luz amarela em nosso caminho envolto pelo romantismo produzido por uma expectativa solitária do porvir, e esquecemos de viver sabiamente e salutarmente o agora.

Vamos acompanhar este raciocínio do pensador:

Os crentes e sua necessidade de crença.

“A crença é sempre desejada com a máxima avidez, é mais urgentemente necessária onde falta vontade: Pois é a vontade, como emoção do mando, o sinal distintivo de autodomínio e força. Isto é, quando menos alguém sabe mandar, mais avidamente deseja alguém que o mande, que mande com rigor, um Deus, um príncipe, uma classe, um médico, um confessor, um dogma, uma consciência partidária.

De onde talvez se pudesse concluir que as duas religiões universais, o budismo e o cristianismo, poderiam ter tido a razão de seu surgimento, sobretudo de sua rápida propagação, em um descomunal adoecimento da vontade. E assim foi na verdade: ambas as religiões encontraram um desejo que, pelo adoecimento da vontade, se acumulara até a insensatez e chagara até o desespero, o desejo de um “tu deves”; ambas as religiões foram mestras no fanatismo em tempos de adormecimento da vontade e com isso ofereciam a inúmeros um amparo, uma nova possibilidade de querer, uma fruição do querer.

O fanatismo é, com efeito, a única “força de vontade” a que também se pode levar os fracos e inseguros, como uma espécie de hipnotização de todo o sistema sensório-intelectual em favor da superabundante nutrição (hipertrofia) de um único ponto de vista e de sentimento, que doravante domina – o cristão chama-o de crença.

Onde um homem chega à convicção fundamental de que é preciso que mandem nele, ele se torna “crente”; inversamente, seria pensável um prazer e força da autodeterminação, uma liberdade da vontade, em que um espírito se despede de toda crença, de todo desejo de certeza, exercitando, como ele está, em poder manter-se sobre cordas e possibilidades, e mesmo diante de abismos dançar ainda. Um tal espírito seria o espírito livre por excellence.

Mas a religião sossega a mente do indivíduo em tempos de perda, de privação, de pavor, de desconfiança, portanto, quando o poder se sente sem condições para fazer diretamente algo para mitigar os sofrimentos de alma do homem privado: e mesmo diante de males gerais, inevitáveis e, de imediato, inelutáveis (fomes, crises monetárias, guerras), a religião assegura um comportamento pacato, paciente, confiante da multidão.”

26 comentários:

  1. Não só o niilismo se tornou profético Caro Apóstata Assembereano, o maxismo também: "A Religião sempre será o ópio do povo!" sofisticando-se (ou avacalhando-se) no contexto em que está inserida.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O religioso que não se dispõe a reflexão de fato vive sistematicamente dopado caro e nobre herege campo limpense!

      Excluir
  2. Donizete, tudo bem?
    Eu não sei se compreendo bem niilismo.
    Cremos por que tememos! Tememos o que não sabemos, o que há de vir e alguns creem por medo do que possa acontecer caso não tenham fé. Qual a pena para os sem fé? Dá medo! rsrs... Crer é a escolha inconsciente dos fracos. Não crer é a escolha consciente dos fortes?
    Aquela pergunta reincidente: Crer é uma decisão? Inspiração de Deus ou fator do ambiente em que vivemos?
    Abraços.Fica com Deus!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Mari,

      Crer não somente é uma necessidade do indivíduo, como já é inato a sua própria existência. A descrença absoluta na existência de sentido em todo o acontecer, (niilismo) é uma opção tardia na vida da pessoa que opta por este caminho.

      VOCÊ FILOSOFOU LEGAL MARI! Com ênfase a sua frase repercutida pela Gui: "Crer é a escolha inconsciente dos fracos. Não crer é a escolha consciente dos fortes?"

      Nietzcshe pensava assim! Ele dizia que o ceticismo é prerrogativa apenas de grandes espíritos, como ele próprio, Zaratustra, shoppenhauer e outros. Enquanto ser crente era indecente e sinal de decadência. A ideia de que a crença torna o homem venturoso era sarcasticamente refutada por ele.

      Entendemos melhor o pensador alemão se nos situarmos no contexto em que ele viveu. Sua maior crítica era contra o desenvolvimento da interpretação cristã do mundo e da história. Para ele toda religião que tenta se refugiar no além, e este além é objeto também de desconfiança culmina em inevitavelmente em niilismo. Foi o que aconteceu com ele.

      Mas niilismo em brasileiros é coisa rara Mari! Não desistimos nunca de crer. rsrs

      Concordo com cada palavra que o Edu sabiamente colocou:

      "Mas eu creio que a religião é uma dimensão importante para o homem. A fé é importante para a vida mas tão somente quando ela não seja uma negação da própria vida. Creio ser possível ser um religioso ou místico e ter a "Vontade de Potência" que Nietzsche tanto pregara."

      Excluir
    2. Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar para
      frente uma vez mais, elevo, só, minhas mãos a Ti na direção de
      quem eu fujo.
      A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares
      festivos para que, em Cada momento, Tua voz me pudesse chamar.
      Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas palavras:
      "Ao Deus desconhecido”.
      Seu, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos
      sacrílegos.
      Seu, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo.
      Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servi-lo.
      Eu quero Te conhecer, desconhecido.
      Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida.
      Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero Te conhecer,
      quero servir só a Ti.

      [Friedrich Nietzsche]
      Uma tradução feita por Leonardo Boff de uma oração escrita por
      Nietzsche.

      Excluir
  3. Mari, olha eu me metendo... rsrs Esta frase: "Crer é a escolha inconsciente dos fracos," hoje tão cantada e decantada, me trás as perguntas: por acaso, há alguém que não creia em algo? E será que suas crenças por serem aparentemente racionais deixam de ser crença? Por acaso, tais pessoas não estão crendo que alguém descobriu outra versão a respeito do que outros acreditam? Crer assim, não é uma temeridade, mesmo a despeito de se sentirem fortes, aqueles que não creem como outros creem?

    Beijo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Gui vc tem crédito ILIMITADO rs... pode se meter à vontade. rs...Na verdade foi uma retórica.Não acho que seja assim. Não totalmente. Sei que o Doni pode quebrar minhas duas pernas quando for me responder rsrs... Mas eu penso que crer é humano. Ouvi esses dias que não crer é a exceção.
      Somos todos uns carentes em busca de algumas certezas que não podemos ter, então cremos em algo que nos dê explicações. Algumas coisas cedo ou tarde serão aniquiladas, só lembrar que tupã já foi deus tupi-guarani. Mas me parece que a necessidade de crer em Deus é que não muda. E nos afeiçoamos a Ele. Outra "fraqueza" dos homens!

      Beijão amiga!!

      Excluir
    2. Obrigada pelo crédito. kkkkkkkkk

      "Outra "fraqueza" dos homens! rsrs Deus é a minha força nEle eu confiarei.

      como gosto de ser fraca e deitar nos braços dEle e saber que ele cuida de mim.

      Te amo.

      Excluir
    3. Em tempo: "Ouvi esses dias que não crer é a exceção" Até para não crer, você tem que ter razões em que crer, para não crer. kkkkkkkkkkkkkk

      Excluir
    4. Entendi não!KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Meu cérebro não faz certas manobras. Fico tonta. KKKKKKKKKK Brincadeirinha!!
      Eu tb sou uma fraquinha frouxa que corre toda hora para Deus. Não sei se forte, não!
      Bjs...

      Excluir
  4. Doni, Um niilista é um homem que não se dobra diante de qualquer autoridade; nem aceita nenhum princípio sem exame, qualquer que seja o respeito que esse princípio envolva,certo? A pergunta é: a conclusão dos seus exames trariam respostas definitivas com relação a qualquer esfera ou principalmente na religião que é subjetiva? Penso que,com relação a fé seria um desastroso silogismo, quando cabe a ilustração de Dostoiévski "Se Deus está morto, então tudo é permitido."

    Mas contra a verdade subjetiva há argumento?

    Beijo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Gui,

      Existe dúvidas se a frase "Se Deus está morto, então tudo é permitido", é de autoria de Dostoiévski, já a atribuíram até mesmo a Nietzcshe. Apesar de ser um conceito amplamente difundido, ele revela um pensamento frágil. Pois sendo ele verdadeiro, a moral e a ética estariam intrinsecamente ligada e dependente da religião. Algo impensável na filosofia.

      Abraços Pastora!

      Excluir
  5. Franklin, Gui e Mari, Estou passando o final de semana em Ubatuba, "pertinho" de você Mari, por isso ainda não respondi aos seus comentários, que são sempre pertinentes diga-se de passagem. Passei rapidamente numa lan-house para dar uma espiada em nossos blogs.

    Segunda feira responderei com muito prazer todos estes ricos comentários.

    Desejo a todos vocês um excelente fim de semana. Abraços!

    ResponderExcluir
  6. Ler Nietzsche é sempre um soco no estômago nos que pautam sua vida por um doutrina religiosa de onde ela não deve sair por medo do castigo divino.

    É verdade, Nietzsche nunca depreciou a figura de Jesus, já o apóstolo Paulo era o seu grande desafeto; para o filósofo, Paulo foi o autor da "moral dos fracos", "moral do escravo". Com a imposição muita vezes autoritária de sua doutrina, Paulo construia em seus seguidores uma conformação e debilidade de escravo, sempre inertes e sem atitude diante da vida.

    Viver não era importante, esperar bucolicamente a volta de Jesus para irem morar nas nuvens era o grande ideal no início do ministério de Paulo, logo, para quê viver, ter vontade de influir nos rumos da sua própria existência se tudo logo se acabaria numa parousia que nunca veio?

    Até acho que Paulo já mais maduro, mudo um pouco esse foco de passividade diante da vida pela espera da parousia e do "fim da história".

    Li o "Anticristo" de Nietzsche quando ainda era um jovem assembleiano submetido ao "caminho certo"(ortodoxia) do qual não deveria me desviar nem para a direita nem para a esquerda pois terríveis consequências aguardavam os que faziam isso.

    O Anticristo foi um soco no meu estômago. Quando Nietzche diz que a escória do mundo são os padres, sacerdotes, pastores fiquei enojado do bigodudo. Larguei o livro pela metade e o esqueci na minha biblioteca rechada de "bons livros" sobre a ortodoxia; Nietzsche era alí um intruso.

    Só muitos anos depois voltei ao livro e pude entender melhor o seu pensamento e o quanto ele estava a frente do seu tempo.

    O que ele disse ainda hoje é válido.

    Mas eu creio que a religião é uma dimensão importante para o homem. A fé é importante para a vida mas tão somente quando ela não seja uma negação da própria vida. Creio ser possível ser um religioso ou místico e ter a "Vontade de Potência" que Nietzsche tanto pregara.

    Podemos ser religiosos e místicos e não nos dobrarmos à moral escrava ou ao moralismo que escraviza a vontade. Tudo vai depender do sistema de crenças que você tomar como "verdade" e como caminho a ser imposto a todo mundo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Edu,

      Comentário inspirado este seu hein!

      A obra "anticristo" de Nietzcshe, segundo especialistas deveria se chamar anticristão. pois é na verdade um ensaio de uma crítica velada do cristianismo. Mas nessa obra ele também gira sua metralhadora contra o budismo, ainda que com palavras mais suaves.

      Ele atribui ao cristianismo e ao budismo a alcunha de religiões da décadence. Com a diferença de que o budismo não promete mas cumpre, enquanto o cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada.

      Edu, sou honesto quando digo que tento mas não consigo tirar a razão do bigodudo quando ele diz que: "os cristãos(...) colocaram de uma vez por todas a si mesmo, a comunidade, os bons e justos, de um lado, do lado da verdade - e o resto, o "mundo", do outro... Essa foi a espécie mais fatal de mania de grandeza que até agora existiu sobre a terra: uns pequenos abortos de corolas e mentirosos começam a reivindicar para si os conceitos "Deus", "verdade", "luz", "espírito", "amor", "sabedoria", "vida", como se fossem sinônimos de si, para com isso delimitar o "mundo" contra si;..."

      Até que ponto ele estava certo não sei. Mas vamos refletir!

      Excluir
    2. Não acho justo dizer que o cristianismo promete tudo e não cumpre nada, por se observar uma maioria que procede assim. O budismo como tem menos adeptos, não se percebe que como em todas as religiões, existem os praticantes e os não praticantes. Para mim, o problema real é que o cristianismo propõem uma conduta mais radical que qualquer outra religião e não logram cumprir, sendo assim mais cobrados.

      Quanto aos cristão separarem o bode das ovelhas, eles estão fazendo uma versão grosseira do que Jesus falou. Se aprende a medida que se vai crescendo. Eu mesma já fiz muitas vezes esta separação, baseada na justiça aprendida por homens ignorantes.

      Se é para entender o bigodão, vamos procurar entender muito mais os cristãos que ainda estão engatinhando.

      Assembreano você vai ser excomungado.

      Excluir
    3. Edu,

      Com certeza é possível viver uma fé libertária. E para tanto não é preciso o sujeito romper com oc ristianismo ou com qualquer outra tradição religiosa de sua cultura.

      Embora o cristianismo tenha sido a mais destrutiva de todas as religiões, ele também tem grande potencial para construir um mundo livre de injustiças.

      Excluir
  7. "Deus está morto" - foi com essa célebre frase que Nietzsche sintetizou o deus que se estava a vivenciar em sua época.

    Ora, o teólogo Paul Tillich, disse o mesmo em outras palavras: "O Deus moderno é uma idolatria que o mundo deve abandonar"

    Jesus, na mesma tônica, disse: "vós tendes por Pai(deus) ao Diabo"

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Isso mesmo Levi.

      Se nos dias em que Nietzcshe declarou a "morte de Deus" a revolução industrial estava ainda em seu estágio inicial, e eles foram capazes de "destronar" Deus e colocar em seu lugar o homem cientista, imagina o que são capazes hoje?

      Se Nietzcshe vivesse hoje ele diria que Deus não somente está morto, mas também cremado, face as "façanhas" que seus seguidores são capazes de realizar.

      Excluir
  8. Doni, não tenho a mínima ideia o motivo pelo qual as fotos do perfil não estão aparecendo. Nessa não vou poder te ajudar. Espera um pouco, pois esses problemas se resolvem no blogger por geração espontânea....haaaaaaaaa

    ResponderExcluir
  9. Doni, se vc quer que apareça as fotos dos comentários, deve ir em configurações e clicar em comentários. Há uma pergunta se deseja que as imagens apareçam. Só selecionar e salvar. Se não der jeito, acende as velas do Franklin.

    Abraços...

    ResponderExcluir
  10. Mari, nem com reza brava de são Kilim consegui resolver este B.O. segui suas instruções; mas sem resultado! continuemos rezando ao santo.

    ResponderExcluir
  11. Talvez seja possível assassinar as concepções hamanas sobre Deus, mas nunca o próprio Deus que excede a todas as compreensões, a Inteligência Superior que comanda o Universo.

    O cristianismo conhecido pelo respeitável filósofo bigodudo em sua época foi mesmo um treco decadente, ainda bem restrito a uma visão doutrinária ortodoxa, vinculado ao poder político e econômico, alienante, além de extremamente opressor em relação ao proletariado.

    Todavia, as expressões de Nietzsche não são isoladas.Seu pensamento é resultado da crítica que se desenvolvia em seu tempo e daí outros teólogos alemães terem buscado a desconstrução já no século XIX.

    Sobre a necessidade da crença, hoje em dia, ao lermos os evangelhos "apócrifos", a exemplo de Tomé, podemos compreender que o discipulado de Jesus estivera mais relacionado a uma experimentação de Deus do que da aceitação de um conjunto de crenças. E isto mina qualquer sistema reigioso, motivo pelo qual a religião cristã, um século depois de Jesus, passou a impor a crença como uma condição salvífica do indivíduo, o que representa uma barreira para o desenvolvimento da espiritualidade.

    Abraços.

    ResponderExcluir
  12. Gui,

    Para Nietzcshe, problema do cristianismo residia no fato de se limitar a discursos com promessas e lógicas metafísicas. O slogan da igreja em parte era a promessa da felicidade sobre a terra, a crença na imortalidade, a paz de espírito advinda para aquele que promovesse a negação de seus instintos e direitos de domínios e outras coisas mais, que levou Nietzcshe a declarar que o cristianismo sabia como ninguém conduzir as massas; "pelo nariz através da moral"

    Mas Gui, não serei excomungado por isso, apesar de ter grande afinidade pelos escritos do filósofo bigodudo, há questões que precisam ser melhores refletidas. E esta citação que está em sua obra "anticristo" é uma opinião evidentemente dele.

    Mas cá pra nós Pastora; Vc não acha que muitas mensagens pregadas nos púlpitos se resumem a promessas que nunca se cumprirão nem nessa vida nem no porvir?

    Promete-se prosperidade financeira, mas 90% nunca saem das classes que um dia ingressaram na igreja. Promete-se saúde física; Mas cerca de 30% dos crentes sofrem de alguma doenças. Média acima do restante da sociedade. Promete-se harmonia familiar; Mas a média de casamentos desfeitos no ambiente da igreja não é inferior do restante da sociedade, sem falar que nas penitenciária, cerca de 60% são de pessoas que já tiveram passagem por alguma igreja. Ou seja, filhos de crentes e....

    É bom parar por aqui. Senão nos tornaremos niilistas! rsrsr

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O problema que vejo Doni, é que o texto sem o contexto, deixa interrogações, veja a diferença agora, se olhando pelo contexto...

      Quanto as mensagens, sabemos que não é que nós achamos, infelizmente é uma realidade, e a coisa ficou pior muitas vezes mais com a história do "eu profetizo," eu não suporto ouvir sequer esta expressão. Por outro lado, eu creio que se andássemos realmente, nos ensinamentos de Jesus, teríamos uma vida bem mais saudável em todos os sentidos. Eu sempre me estou dizendo: ansiedade trás enfermidades, outras vezes já disse muito a mim mesma: a paz no nosso lar, está acima de coisas. Assim que percebemos que tudo que Jesus ensinou é para nosso proveito, mas os pastores não se importam em ensinar estas coisas.

      Fico com vergonha quando vejo aqui a mensagem, para mim, indecente, rsrs apesar que as pessoas põem sem pensar, que diz: Quem leva seu filho para a igreja, não irá buscá-lo na cadeia. Trabalhei com drogados, Deus meu, quantos pais evangélicos amargavam com seus filhos delinquentes.

      O problema maior é que não se vive o que se ensina. quando ensina...

      Beijo amigo.

      Excluir
  13. Exatamente Rodrigo!

    O cristianismo como o conhecemos hoje, não foi invenção de Jesus. E fora o relevante aspecto moral (sistema de regras que inflige maior tentação sobre o indivíduo)nem por Paulo.

    O objetivo primário de Jesus foi despertar nas pessoas um "desejo de Deus" e jamais implantar uma religião. E foi sobre este cristianismo instituído com vários desvios de proposições se comparados aos ensinos de Jesus, que Nietzcshe descarregou suas críticas mais vorazes.

    Em relação a sua célebre frase “Deus está morto”. Concordo com O boff quando disse que a declaração nietzcsheana, não se trata do Deus vivo, poi Este é imortal. Mas do Deus da metafísica, das representações religiosas e culturais, feitas apenas para acalmar as pessoas e impedir que se confrontem com os desafios da condição humana. Esse Deus é somente uma representação e uma imagem. É bom que morra para liberar o Deus vivo.

    Abraços.

    ResponderExcluir